Livro reúne memórias de pneumologista que cuidou de Dulce dos Pobres

Livro reúne memórias de pneumologista que cuidou de Dulce dos Pobres

A vida da primeira brasileira a ser santificada pela Igreja Católica, Santa Dulce dos Pobres, foi marcada por sofrimento físico intenso. Muitos desses momentos foram acompanhados pelo médico Almério Machado, que transformou as memórias em um livro, intitulado “O Médico e a Santa”.

A obra póstuma será lançada no neste sábado (12), a partir das 15h, no Shopping Vitória Boulevard, em Salvador. O evento faz parte das comemorações do dia de Santa Dulce, celebrado em 13 de agosto, e a renda obtida com as vendas será revertida para as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).

Aliás, ajudar na continuidade do legado deixado por Santa Dulce, que transformou um galinheiro em um dos mais importantes complexos de saúde do país, foi o que motivou e inspirou Almério Machado, falecido há pouco mais de um ano, a escrever.

“Como Santa Dulce, doutor Almério acreditava na força transformadora da caridade”, disse a superintendente da Osid e sobrinha da santa, Maria Rita Lopes Pontes.

O médico Almério Machado ao lado de Irmã Dulce, ao receber visita do Papa João Paulo II em Salvador — Foto: Arquivo/OSID

O médico Almério Machado ao lado de Irmã Dulce, ao receber visita do Papa João Paulo II em Salvador — Foto: Arquivo/OSID

“Esse livro foi a forma mais apropriada para agradecer por tantas graças alcançadas”, escreveu o autor, que também era professor de medicina da Universidade Federal da Bahia.

A publicação tem 134 páginas, mais do que lembrar do sofrimento da Santa Dulce com a saúde fragilizada, Almério Machado fala dos aprendizados constantes e o do crescimento espiritual que obteve ao desfrutar da confiança e da amizade com a religiosa.

Os dois se conheceram em 1975, em uma das muitas crises respiratórias que causaram internação de Dulce. Desde então, o pneumologista passou a acompanhá-la, primeiro, no consultório, e depois, na vida pessoal e no trabalho social junto a doentes, crianças e idosos abandonadas, além de famílias carentes.

“Diante da saúde frágil de Santa Dulce e das suas diversas crises pulmonares, doutor Almério não sabia explicar, do ponto de vista da medicina, como ela conseguia trabalhar, incansavelmente, pelos mais vulneráveis. Foi então que descobriu, convivendo diariamente com Santa Dulce no Hospital Santo Antônio, que tudo na vida seria possível se a nossa esperança estivesse alimentada para sempre fazer o bem”, escreveu Maria Rita no prefácio do livro.

A obra teve edição de texto da filha caçula de Almério, a jornalista Jacqueline Moreno, e ganhou do segundo filho, Almério Machado Junior, também médico, a ilustração de capa. A publicação é um trabalho da editora baiana Fábrica das Letras, e será vendida por R$ 65.

fonte: G1

Redação

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