Nova pesquisa avalia prejuízos na campanha após prisão de Milton Ribeiro

A comissão de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) está preocupada. Segundo informações do jornal O Globo, o Palácio do Planalto corre contra o tempo para estimar o tamanho do estrago deixado pela prisão do ex-ministro da educação, Milton Ribeiro, após operação da Polícia Federal que apura irregularidades envolvendo repasses de verbas da educação.
O entorno do presidente aguarda com apreensão a nova pesquisa Datafolha que será publicada na próxima quinta-feira (23). O levantamento ainda estava sendo feito quando o ex-integrante do governo foi preso pela Polícia Federal, em investigação que apura suspeitas de desvio de verbas no MEC.
A avaliação é de que o episódio atinge uma das principais bandeiras bolsonaristas: o discurso anticorrupção.
No último levantamento do Datafolha, Bolsonaro aparecia atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder com 48% das intenções de voto à época. Bolsonaro tinha 27%: os números seriam suficientes para eleger Lula em primeiro turno.
Coordenadores do projeto de reeleição de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), e senador Flávio Bolsonaro (PL), esperavam que Bolsonaro já estivesse encostando em Lula no mês de julho.
Agora, há o temor de que o escândalo envolvendo Milton Ribeiro dificulte ainda mais a recuperação almejada. O ex-ministro da Educação foi preso preventivamente, na manhã de quarta-feira (22), por determinação do mandado de prisão expedido pela Justiça.
No documento são citados crimes de tráfico de influência, prevaricação, advocacia administrativa e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC.