Suspeitos confessam ter matado jornalista e indigenista desaparecidos na Amazônia

Osoney da Costa e Amarildo dos Santos teriam esquartejado e queimado os corpos
Os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa Oliveira confessaram ter matado Dom Philips e Bruno Pereira, nesta quarta-feira(15). A Polícia Federal fará uma entrevista coletiva nesta tarde para detalhar o caso. A informação foi antecipada pelo site BNC Amazonas.
Osoney, que foi preso nesta terça-feira (14), disse que ele e seu irmão mataram Dom Philips e Bruno Pereira no dia 5, após serem flagrados pescando ilegalmente. De acordo com a emissora Band, Dom e Bruno foram rendidos e levados para uma vala, onde foram mortos e tiveram os corpos esquartejados e incendiados. Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, foi preso na semana passada.
O motivo do crime teria sido a pesca ilegal na região. Estavam pescando pirarucu, foram alertados por Bruno e Dom, que estava fotografando. Osoney foi levado no início da tarde desta quarta-feira (15) pela PF para apontar o local do crime.
A PF vai dar o caso como encerrado e indicar Osoney e Amarildo pelo assassinato. Também há a suspeita de participação de outras pessoas nas mortes de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira.
Desaparecidos desde 5 de junho, Pereira e Phillips faziam uma viagem pela região próxima ao território indígena, o segunda maior do país, com 8,5 milhões de hectares, no extremo oeste do Amazonas.
Bruno era indigenista especializado em povos indígenas isolados e conhecedor da região, onde foi coordenador regional por cinco anos. Já Dom Phillips era veterano de cobertura internacional e morava no Brasil há mais de 15 anos.
O governo federal mobilizou a Marinha, Exército e Força Nacional, enquanto o Amazonas mobilizou as forças de segurança locais em busca do jornalista e do servidor.